Mercado de Trabalho

Salário e remuneração: existe diferença?

Embora muitos não saibam, salário e remuneração são realmente diferentes. Porém, os dois termos são interligados, referindo-se aos ganhos recebidos pelos funcionários de uma empresa.

Dessa forma, para não haver uma confusão de significados e a fim de evitar prejuízos no setor financeiro (com as folhas de pagamento e o controle de ponto, por exemplo), é importante que os estabelecimentos compreendam a diferença entre eles.

Continue a leitura e esclareça todas as suas dúvidas quanto a este assunto!

Qual a diferença entre salário e remuneração?

É preciso esclarecer que a principal diferença entre salário e remuneração produz uma indicação específica de cada um na folha de pagamento do funcionário.

O salário é a contrapartida paga ao colaborador pela prestação de serviços em certo período, no qual a descrição é feita em contrato de trabalho. Ele também é conhecido por ser um ganho real daquele.

Salário e remuneração: existe diferença?
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Já a remuneração é do conjunto de tudo aquilo pago ao funcionário pela empresa em decorrência da sua jornada de trabalho oferecida.

Aqui existe a inclusão de parcelas fixas e variáveis, a exemplo do salário, vale-transporte, comissões, horas extras, por exemplo.

Lembrando que, sua descrição e organização é realizada por intermédio da folha de pagamento e do controle de ponto do trabalhador, que servem como auxílio para nenhum repasse ser esquecido.

O que é o salário?

O salário é que a retribuição ou recompensa financeira paga pelo empregador ao funcionário, como forma de contraprestação pelos dias de trabalho realizados.

Trata-se de uma retribuição periódica disposta em contrato de trabalho, que, via de regra, abrange uma quantia pré-determinada em dinheiro.

Vale lembrar que, na legislação brasileira, existe a adoção do salário mínimo, que é um limite mínimo estabelecido pelo Governo Federal a ser pago aos empregados. A partir de maio de 2023, o seu valor está em R$ 1.320.

O que é a remuneração?

A remuneração é a composição total dos ganhos recebidos pelo trabalhador em razão de sua prestação de serviços ao empregador.

Neste sentido, além de incluir o salário, também são inclusos os benefícios complementares, tais como:

  • Horas extras;
  • Comissões;
  • Adicional noturno;
  • Bônus por metas alcançadas;
  • Vale-transporte.

É importante lembrar que, tanto o salário quanto a remuneração devem ser organizados com base no controle de ponto e descritos na folha de pagamento do funcionário.

Quais são os tipos salariais?

Salário mínimo

O salário mínimo corresponde a quantia mínima fixada pelo Governo Federal para o pagamento de empregados cuja jornada de trabalho diária é de 8 horas. Como explicamos, ele é previsto em Lei e descrito na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).

Salário base

O salário base, também conhecido como salário bruto, refere-se à quantia combinada entre empregador e empregado no contrato de trabalho.

Ele é fixo, ou seja, não há a inclusão dos acréscimos, adicionais, variáveis e impostos, por exemplo. É o valor ajustado antes da realização dos descontos.

Na folha de pagamento, o salário base é utilizado como valor de referência para o cálculo das verbas trabalhistas.

Salário líquido

O salário líquido é a quantia final a ser paga ao colaborador, depois de efetuados os descontos pertinentes na folha de pagamento, como os impostos devidos e outras deduções trabalhistas.

Em resumo, é o valor que “sobra” do salário bruto após a aplicação dos referidos descontos.

Piso salarial

O piso salarial indica a quantia mínima que o empregado de determinada classe profissional deverá receber, no geral, é determinado em Lei ou em convenção coletiva de sindicato.

Isso acontece por conta dos diferentes desempenhos necessários para os mais diversos cargos existentes.

Quais são os tipos de remuneração?

Remuneração funcional

A remuneração funcional se refere ao valor pago ao colaborador de acordo com a sua função desempenhada na empresa.

Ela encontra previsão no plano de cargos e salários, de modo que, a quantia paga a cada cargo tem como base as diferentes tarefas e obrigações de cada funcionário.

Remuneração variável

Como o próprio nome diz, é a quantia recebida pelo trabalhador, que será variada a cada mês, a depender de algumas condições. Isto é, por meio dela é que o colaborador receberá suas horas extras, comissões, bonificações, gorjetas, entre outros.

Via de regra, há um combinado entre o empregador e seus funcionários para referidos pagamentos, contudo, não se trata de remuneração a ser paga de forma obrigatória, já que, para sua efetivação, é necessário que as ditas condições sejam atendidas. Um exemplo, seria atingir as metas designadas.

Salário indireto

De forma bem simples, o salário indireto diz respeito aos benefícios pagos ao funcionário, tais como, auxílio-transporte, auxílio-alimentação, convênio médico e/ou odontológico, ajuda de custo.

Lembrando que os benefícios são uma forma de recompensar o colaborador e aumentar a sua qualidade de vida. Assim, eles são classificados como recompensas não financeiras, já que são oferecidos nos formatos descritos acima.

De maneira geral, o salário é o pagamento “básico” ao colaborador, e a remuneração é o que pode ser percebido como o “plus”, que gera ainda mais interesse e pode impactar diretamente na retenção dos talentos.

Por isso, é essencial entender a diferença entre os dois e planejar estratégias que beneficiem tanto a empresa quanto os colaboradores, melhorando a percepção da marca empregadora.

Me chamo Roberto Justino e sou apaixonado por pessoas e pronto para ajudar na recolocação profissional. Estarei sempre por aqui deixando dicas de como conseguir um emprego, melhorar de cargo ou alcançar o próprio negócio.

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